© busy as a bee on a rainy day

Sábado à noite deitei-me com um arranhar no olho esquerdo, apesar de não estar inflamado sentia dor ao tentar ler. dormi sem dores. no Domingo, acordei quase cega do olho esquerdo! só via manchas! e as dores são como se tivesse areia no olho. e mal consigo levantar a pálpebra. já liguei para o consultório do meu oftalmologista mas não têm atendedor de chamadas activo. Segunda ligo novamente. pensei que podia ser covid. o teste deu negativo. a minha mãe quando acordou, pensou o mesmo. tenho olfacto e paladar. estou convicta que é alguma alergia pois estou com o pingo que caracteriza a minha rinite alérgica. estou a escrever e a fazer pausas. este telegrama levou 50 minutos a ser escrito. 

consegui! tenho consulta amanhã à tarde!

PROMETO LER TODAS AS VOSSAS COLABORAÇÕES PARA O "TEMA 6" ASSIM QUE ESTIVER MELHOR.

aproveito para mencionar as rubricas diárias, semanais e mensais que, espero, vos vão agradar este ano:

todos os dias vai haver uma citação ou frase do dia.
todas as semanas, à 2ª, vou responder a um tema pré-definido (e já há mais participantes).
no final de cada mês vou partilhar uma lista de histórias da vida real (como fiz ontem! gostaram?)

a vossa participação é bem-vinda :)

A TEU LADO

hoje a minha enfermeira veio cá a casa para o tratamento habitual. trouxe-me uma máscara e ensinou-me como a colocar e como a tirar. e disse-me que o vírus sobrevive cinco dias nas superfícies. o que ela faz em casa dela é deixar os sacos das compras quietos longe da gata durante cinco dias e só depois é que as arruma. os frescos ela desinfecta com uma mistura de uma colher de sopa de lixívia com um litro de água. quando ela vai ao supermercado usa luvas enquanto anda a tocar nos produtos, quando chega à caixa, depois de tudo arrumado nos sacos, tira as luvas virando-as do avesso, e só então mexe na carteira. chegando a casa, despe-se logo que entra. põe a roupa na máquina e toma um duche antes de interagir com o marido e com a filha.

tenho lido pouco sobre o Covid-19, só me preocupa se os nossos gatos podem ou não adoecer, é algo que não está claro. com o estado de pandemia proclamado pela OMS, a minha mãe disse que não nos devemos abraçar ou dar beijinhos, como fazemos ao acordar, ao longo do dia e ao deitar. sinceramente estou preocupada com os gatos, hei-de preocupar-me comigo e com a minha mãe se uma de nós adoecer, não sinto necessidade de pensar no assunto sendo algo incerto e nós sermos racionais. é óbvio que tomo precauções até porque como doente crónica tenho de ir periodicamente ao Centro de Saúde para consultas e tratamento. estou a mentalizar-me que o melhor é nem apertos de mão, nem abraços, nem beijinhos. mas na blogolândia posso beijocar-vos a todo o instante 

UPDATE: Covid-19: tem um familiar infectado ou precisa de cumprir quarentena? saiba o que deve fazer..

o mês passado comecei a usar as escadas em vez do elevador (moro num quinto andar). e a balança da farmácia diz que em doze dias passei a pesar mais dois quilos, mas os centímetros mantêm-se iguais e a massa gorda visceral (que envolve os órgãos) é que aumentou dois quilos! não faz sentido nenhum. a balança da farmácia só pode estar descalibrada. há medições em que diz que tenho um metro e sessenta e seis (meço um metro e sessenta e um) o que altera os valores todos! a única variável é que tenho comido bolachas vegan com cereais integrais, sementes e puro melaço. além do exercício de descer e subir as escadas. e os centímetros mantêm-se iguais! a minha mãe disse logo: essa balança está maluca, o teu rosto diz que não engordaste nada. estes números estão a fazer-me confusão.

alvíssaras! o índice de gordura visceral do meu corpo diminuiu cinco porcento desde há um mês e a massa de gordura decresceu três vírgula quatro quilos. como o meu peso se mantém igual, a conclusão é que perdi gordura e ganhei músculo. estas pequenas vitórias dão-me alento.

don't walk ten miles into a forest and expect to get out in five.

no final de 2018 tive a convicção de que as coisas começariam a mudar este ano. e muita coisa tem mudado para melhor. apesar de outra tanta permanecer.. não posso dizer intocável porque todas as áreas do meu quotidiano têm sido testadas. no ano passado senti-me tão bem com as dosagens da medicação que cheguei a esquecer que estou doente. e então, temos vindo a reduzir as doses e mesmo a eliminar algumas. neste momento sinto que demos dois passos para a frente e temos de dar um passo para trás, pois estou a perder autonomia emocional e mental. constato que em equipa vencedora não se mexe e é o que havia com a prescrição médica do ano passado. estou triste e simultaneamente feliz pois pelo menos nos últimos oito meses o meu organismo pôde desintoxicar.

para entender o porquê deste post podes ler aqui, ali e acolá