© busy as a bee on a rainy day

SALA DA MEIA-HORA DE ESPERA, APÓS A VACINA © Mãe

a semana passada a minha mãe recebeu um telefonema a informar que ia levar a vacina da covid. disseram-lhe que era a Pfizer e ela relaxou. quando chegou lá esta quarta-feira só havia AstraZeneca. ontem teve febre alta. tendo em conta que a temperatura habitual da minha mãe ronda os 35º e ela estava com 37,8º. e doía-lhe o corpo todo. uma amiga nossa também recebeu a vacina AstraZeneca nesta quarta-feira. era o dia do seu septuagésimo primeiro aniversário. ela fez uma reacção à vacina, desmaiou e esteve internada no hospital todo o dia. a minha mãe diz que eles estão a dar esta vacina, a quem tem mais de sessenta, "para despachar".

nota para a posteridade: este é o 700º post deste blog.

estou muito indecisa. pareço um catavento. gostava de ouvir a vossa opinião. a minha psiquiatra não respondeu, quando lhe perguntei se a minha medicação é um risco acrescido. a minha enfermeira contou-me a experiência dela, que foi magnífica, disse que para alguns colegas tinha sido complicado mas não elaborou. no caso dela, à primeira toma seguiu-se a cabeça meio nublada, à segunda toma seguiu-se simplesmente muito sono.

a única coisa que me obriga a sair de casa é a areia e a ração dos gatos, e cortar o cabelo de dois em dois meses. tudo o resto é entregue ao domicílio: farmácia, supermercado, gás. a minha enfermeira vem cá a casa, no âmbito da saúde mental, e a minha médica está disponível por email e telefone. somos duas cá em casa, mais os gatos. mantêmos a distância de segurança, mas estamos mais próximas emocionalmente.

há dois meses que só saio de casa para ir à farmácia e ao supermercado. amanhã tenho de andar de autocarro. pelos exemplos de falta de civismo que tanto eu como a minha mãe temos vivido nos aglomerados e não em filas, para entrar no Minipreço do rés-do-chão, tenho algum receio da viagem. somos ambas doentes de risco. a minha mãe tem setenta e quatro anos e tem prioridade nas filas, mas nem se atreveu a mencioná-lo com medo da peixeirada que podia provocar. pediu cordialmente para respeitarem a distância, pois estava a sentir o seu espaço invadido, e uma mulher começou a atirar para o ar: o que cura é não ter medo! o que cura é não ter medo!  

bom dia!

na segunda-feira fui meia hora antes da abertura do supermercado e fiquei em terceiro na fila de espera. a maior parte das pessoas desconhecia as novas regras. quando abriu deixaram entrar vinte pessoas. como levo sempre lista do que preciso, fui a primeira a sair.

hoje fui quarenta e cinco minutos antes da abertura do hipermercado porque as maçãs granny smith são lixadas de encontrar nesta terra. a fila já dava a volta ao parque de estacionamento. quando abriram o hiper deixaram entrar trinta pessoas e fiquei em quarto lugar na espera.

prefiro assim, ir quando abrem, porque fico menos ansiosa.

TUDO AQUI

Ministério da Defesa chinês aprovou ensaios clínicos em humanos para uma vacina contra o novo coronavírus desenvolvida pela Academia Militar de Ciências.