o mural da Alegria
era uma vez uma aldeia dividida entre os Aguiar e os Silva. já ninguém lembrava o porquê da quezília, mas não havia meio de ter fim. um dia chegou à aldeia uma professora com o nome das duas famílias: Madalena da Silva Aguiar e, por isso, depois de muita zaragata, os adultos autorizaram que as crianças das duas famílias tivessem aulas juntas. estavam tão embrenhados na discussão que não anteciparam o que daí podia resultar. as crianças gostavam de brincar umas com as outras e a professora logo percebeu que esse pormenor era o mais importante na sua aprendizagem. as aulas tornaram-se aventuras em que os alunos tinham que colaborar uns com os outros para entenderem as lições.
ver os filhos e as filhas tão felizes levou os adultos a questionar-se. as duas famílias reuniram-se com alguma cordialidade e decidiram perguntar às crianças o que é que elas pensavam daquilo tudo. elas responderam que todos na aldeia deviam mudar o nome para: da Silva Aguiar. os adultos agradeceram e disseram que iam ponderar a sugestão. na semana seguinte foram todos à conservatória para alterarem os nomes. para celebrar, miúdos e graúdos pintaram as fachadas de todas as casas com murais coloridos e mudaram o nome da aldeia. à entrada do vilarejo lê-se agora: bem-vindos a Alegria. e, de facto, como a grande família que são, os da Silva Aguiar passaram a ser alegres, compreensivos e altruístas.
(inspirado neste filme)