desafio caixa de lápis de cor - dia 2: castanho
associo sempre o castanho às árvores, apesar de haver múltiplas outras tonalidades a realçá-las. adoro quando os passeios as têm em fileira, desacelero o passo e vou tocando em cada tronco, como se todos os troncos fossem uma só árvore. acredito que sim, que as árvores comunicam através das raízes e que quando uma está a morrer liberta todo o seu ser para as árvores mais novas. os lenhadores antigos sabiam que nunca se deve cortar a árvore mãe a quem toda a floresta está ligada. e, na Floresta Negra, na Alemanha, por cada árvore cortada é plantada outra e há uma quota máxima de árvores que podem ser cortadas por ano. e é respeitada. a flora permanece em equilíbrio. há mais de uma década, houve um temporal em Lisboa e os cedros da Quinta das Conchas, no Lumiar, foram todos arrancados pelo vento. é avassaladora a morte de uma árvore. passei por elas e havia um silêncio que não tive coragem de quebrar, senti-as como se de animais mortos se tratasse. ser vivos, com certeza. ladeavam um dos caminhos prazerosos do parque. desde esse dia, mudei o percurso que fazia, de tão saudosa que fiquei.
texto no âmbito do desafio caixa de lápis de cor.
Neste desafio participo eu, a Concha, a A 3ª Face, a Maria Araújo, a Peixe Frito, a Imsilva, a Luísa De Sousa, a Maria,
a Ana D. a Célia, a Charneca Em Flor, a Gorduchita, a Miss Lollipop, a Ana Mestre, a Fátima Bento, a Cristina Aveiro e a bii yue.