desafio caixa de lápis de cor - dia 12: castanho escuro
gostava de ser ele a cortar as àrvores com que trabalhava. tinha o seu método intuitivo de cortar só uma árvore que estivesse disposta a ser talhada. ficava parado na floresta, nos dias sem vento, e aquela que fizesse restolhar as suas folhas era a que lhe estava destinada para aquele ano. nas traseiras da sua casa germinava árvores e depois de cortar a sua nova amiga, plantava seis árvores viçosas, já em crescimento, para equilibrar a floresta. era respeitado pelas árvores e por toda a fauna e flora da floresta, pois também lhes prestava respeito.
naquele ano, celebrava meio século de casamento com a sua doce companheira de vida e de aventuras e o seu coração ditava que o trabalho daquele ano fosse parte dessa celebração. mas o que seria? começou a talhar brinquedos e sem anúncio as crianças começaram a visitá-los todos os dias, para o verem trabalhar e para brincarem. a esposa estava deliciada, não tinham netos pelo que aquele presente da Vida a deixava com o coração quentinho. os olhos dos dois idosos brilhavam de felicidade. além dos brinquedos passou a haver biscoitos para toda a criançada.
a princípio os pais ficaram apreensivos, quando souberam por onde andavam os filhos. então o casal convidou a aldeia a visitá-los. por insistência da comunidade, os brinquedos passaram a ser pagos. os velhotes não queriam, mas os pais trouxeram uma caixa de madeira castanho escuro e cada adulto colocava o que sentia justo pelo trabalho do artesão e da cozinheira. quando chegou a data da celebração a aldeia quis que eles abrissem a caixa. lá dentro estava muita generosidade e uma viagem de lua de mel já que nunca tinham tido uma.
texto no âmbito do desafio caixa de lápis de cor
Neste desafio participo eu, a Concha, a A 3ª Face, a Maria Araújo, a Peixe Frito, a Imsilva, a Luísa De Sousa, a Maria, a Ana D. a Célia,
a Charneca Em Flor, a Miss Lollipop, a Ana Mestre, a Fátima Bento, a Cristina Aveiro, a bii yue, o José da Xã, o João-Afonso Machado e a Marquesa de Marvila.