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© busy as a bee on a rainy day

e se, de repente, o respondemos a um how are you e só nós pescámos a piada (as abelhas não voam quando chove) e vêmos que é um título fantástico para um blogue! pois.. cá estou então!

14
Ago23

o Ministério do Rocambolesco - Capítulo XVII

Ana a Abelha

o Ministério do Rocambolesco

o  mi.nis..rio  do  ro.cam.bo.les.co

(capítulo XVI)

Alice alertou: "vamos para a cozinha, vai haver um apagão num raio de dez quilómetros." Sparrow explicou-lhe que de momento era impossível: "não temos acesso a nada até o restart da casa terminar. é uma verdadeira caixa forte, ninguém entra e ninguém sai. temos a luz da lareira e marshmallows." a princesa era uma expert em derreter os doces sem os queimar. Sir e Lady observaram atentamente e pouco a pouco todos os marshmallows saiam na perfeição. "quem é que fez o pingente que usaste?" perguntou o anfitrião. "o meu pai.." a voz de Alice embargou. por uns momentos houve silêncio. Sparrow abraçou-a, deixando-a chorar no seu ombro amigo. Sir sugeriu: "ele ensinou-te a fazê-lo?" e a princesa confirmou-o com um acenar de cabeça positivo. Lady, assustada, exclamou:" segura-a Beaver!" Alice tinha desmaiado, o detective pegou nela ao colo enquanto Sparrow abria um dos cadeirões de modo a ser cama. deitaram-na e, nesse instante, a luz voltou. "vai buscar a minha mala, por favor" pediu Sir enquanto tentava reanimar a princesa. Lady correu escada a baixo e, num ápice, estava de volta. Beaver auscultou a jovem e disse "está a ter um enfarte! temos de a levar imediatamente para o hospital!" e Alice entrou directa para o bloco operatório. "mais meia-hora e o coração tinha parado" informou o médico, lívido. "voltaste a exercer medicina?" perguntou a Beaver. Sir abanou a cabeça negativamente. "ela vive connosco" explicou Sparrow. "ela tinha um estilhaço da explosão que navegou até ao coração, requer vigilância" explicou o colega. "ainda têm a enfermaria em casa?" indagou o cirurgião. Sir e Lady confirmaram. "podemos levá-la na nossa ambulância" - "perfeito!" exclamou o médico. "é mais seguro, ela está a respirar sem máquinas." sorrateiros, com aquele cumplíce, levaram a princesa para casa. quando se despediam do colega ele disse "vou lá uma vez por dia" - "obrigados! é perfeito!" retorquiram os amigos. no dia seguinte, Sir madrugou e foi para a clínica. Sparrow tinha dormido numa cama ao lado da amiga. "como foi a noite?" Lady respondeu: "gemeu um pouco mas está a dar luta." Alice acordou, estava muito fraca, explicaram-lhe tudo o que tinha acontecido e Beaver acrescentou: "preciso que continues em jejum até ter a certeza que não há mais estilhaços." Richard criara um programa de inteligência artificial para conseguirem fazer tomografias computorizadas sem equipamento físico. Sir ligou o computador, colocou a cama num espaço próprio, assinalado no chão, disse à jovem para não se mexer e começou o exame. a IA confirmou que o corpo estava na posição correcta e criou um túnel virtual dos pés à cabeça. Alice tinha um pequeno estilhaço no pescoço e outro no estômago. findo o exame Beaver retirou o pedaço no pescoço, que estava quase à superfície. e com o apoio da IA e de Lady, com uma cirurgia não invasiva retirou o estilhaço que estava na parede do estômago. repetiu a tomografia minuciosamente. suspirou de alívio, estava tudo ok. a princesa tinha adormecido. tinham optado por uma sedação controlada em vez de uma anestesia geral. quando acordou, esperava-a um pequeno-almoço real: ovos mexidos com espargos, panquecas, torradas de pão caseiro, sumo de laranjas acabadas de espremer. Alice comia como um passarinho, sabiam que ia sobrar comida.

(capítulo XVIII)

texto no âmbito do desafio o Ministério do Rocambolesco

@annaliserauchenberger

TAMBÉM NESTA AVENTURA

José da Xã

OBSERVAÇÃO: O DESAFIO ESTÁ ABERTO A TODOS OS BLOGGERS.

07
Ago23

o Ministério do Rocambolesco - Capítulo XVI

Ana a Abelha

o Ministério do Rocambolesco

o  mi.nis..rio  do  ro.cam.bo.les.co

(capítulo XV)

Sparrow notou algo no tom de Alice, como quem se esquece que estava a rir e a voz fica suspensa. "diz" - "gostava de rever a parte do funeral dos meus pais em que pude conversar com a minha família" - Lady acedeu e surpreendeu-a: "vamos pelo elevador, para perturbarmos o menos possível o banho de Beaver." era um elevador todo em madeira, espaçoso e com bancos como o elevador de Stª Justa, em Lisboa. quando passaram pelo apartamento de Sir este gritou: "Sparrow?" e esta respondeu: "vamos para o sótão!" - a amiga acrescentou: "não valeu de nada a discrição" e sorriram uma à outra, divertidas. a princesa confessou: "adoro este elevador!" Lady concordou e piscou-lhe o olho: "há outro igual do outro lado da casa!" Alice ficou radiante e disse: "que bom que restauraram estas preciosidades." chegadas ao sótão, a princesa acendeu a lareira enquanto Lady preparava o ecrã e procurava a parte em que a família se reunira. Alice sentou-se com um bloco de notas e um lápis. "o que procuras nestas filmagens!" surpreendeu-se a amiga. "o assassino dos meus pais" escreveu a princesa numa folha que fez questão de arder nas labaredas até quase queimar os dedos. sentou-se de pernas cruzadas na chaise longue, pousou o bloco e o lápis e ficou como hipnotizada, observando as reações de todos os que surgiam nas imagens. Sir veio juntar-se a elas no sótão e percebeu logo o que se passava. sentou-se no chão virado para Alice, enquanto comia o seu almoço tardiu, ela nem reagiu e ele escreveu no bloco: "Richard e Owl estão em perigo?" a princesa olhou-o nos olhos e ambos perceberam que o outro já sabia quem era o assassino. ela escreveu no bloco: "não. se não fizermos nada até eles voltarem" e disse em voz alta: "vou pedir ao meu irmão para presentear Luke, o meu antigo guarda-costas, com uma bolsa para vir estudar em Inglaterra, ele vai adorar e merece-o sem sombra de dúvida!" dez minutos mais tarde tocou o telefone, Sir puxou a chamada para o sótão e era o irmão da jovem a sugerir-lhe o que ela acabara de dizer. ela sorria de pura alegria e agradeceu radiante pelo gesto magnânimo do rei. "digno de um óscar!" rabiscou Beaver quando ela desligou. a princesa chorava em silêncio. "devo ter uma escuta comigo!" escreveu. tirou o pingente que tinha ao pescoço. pousou, no granito da lareira, o anel com um diamante generoso que o irmão lhe oferecera quando ela celebrara a maioridade. colocou o pingente na pedra e pisou-o com força, estilhaçando-o. de imediato o diamante explodiu e ficaram sem sinal wifi em toda a casa. houve alarmes, dos carros estacionados na rua, que começaram a tocar. "fizeste reset de tudo!?" espantou-se Sir. Alice confirmou dizendo que sim com a cabeça e acrescentou: "vamos para a cozinha, vai haver um apagão num raio de dez quilómetros." Sparrow explicou-lhe que de momento era impossível: "não temos acesso a nada até o restart da casa terminar. é uma verdadeira caixa forte, ninguém entra e ninguém sai. temos a luz da lareira e marshmallows." a princesa exclamou: "e Jeremias!?" Sir acalmou-a: "ele andava a miar na cozinha, quando fui buscar sopa, e trouxe-o comigo." aliviada, Alice recebeu o gato nos braços e ele começou logo a ronronar.

(capítulo XVII)


texto no âmbito do desafio o Ministério do Rocambolesco

@annaliserauchenberger

TAMBÉM NESTA AVENTURA

 

 

OBSERVAÇÃO: O DESAFIO ESTÁ ABERTO A TODOS OS BLOGGERS.

01
Ago23

12 Meses de 2023 | de Gratidão

Ana a Abelha

G R A T I D Ã O

1) à amiga doce, presente nos meus dias via mensagens. tal como às minhas irmãs. à distância de um clic.

2) quase a meio do mês pesar 110,4 kg fez-me sentir rica! hoje peso 108kg 

3) melancias e pêssegos amarelos

4) para a semana é tempo de nos inscrevermos no 2º ano  a magia boa regressa ao activo.


texto no âmbito do desafio 12 Meses de 2023

TAMBÉM NESTA AVENTURA

Alma de Bii Yue
Aqui há Coração de Lu
José da Xã


OBSERVAÇÃO: O DESAFIO ESTÁ ABERTO A TODOS OS BLOGGERS.

31
Jul23

o Ministério do Rocambolesco - Capítulo XV

Ana a Abelha

o Ministério do Rocambolesco

o  mi.nis..rio  do  ro.cam.bo.les.co

(capítulo XIV)

a amiga estava fascinada "quando voltar, Richard vai ficar boquiaberto!" concluiu. e Sir perguntou "porquê!?" voltava do seu afazer secreto, ouvira-as e nem se lembrou que estava disfarçado. Alice e Sparrow desataram a rir pois Beaver estava disfarçado de mulher e falara com o seu vozeirão masculino. as amigas estiveram a mostrar-lhe a bagagem que a princesa concebera e Sir ficou abismado com a criatividade e a precisão de cada pormenor. "também as fazes por encomenda?" para espanto de ambos, Alice respondeu "sim! tenho um lugar online onde aceito encomendas. preciso de seis meses a um ano para fazer uma." - "estás a fazer alguma, neste momento?" perguntaram em uníssono. "não, neste momento não estou a aceitar encomendas online pois estava em visita oficial com os meus pais" parou de falar, olhou atentamente para Sir e perguntou a Lady " já viste bem que mulher bonita que aqui temos!?" - "é verdade!" e riram-se os três. "vamos comer qualquer coisa?" perguntou Sparrow - "fiz sopa de legumes com feijão" informou a princesa. "eu preciso de um banho, antes de almoçar" disse Beaver. as amigas foram para a cozinha, estavam esfomeadas, tinham perdido a noção do tempo e já estavam em jejum há algumas horas. Sir tinha estado a petiscar acepipes e não tinha fome. desmaquilhou-se, arrumou o disfarce cuidadosamente e preparou um banho com fragrâncias que aromatizaram a casa toda. "como temos esquentadores, a água quente nunca se esgota é a sua actividade preferida para analisar estes mistérios que o ausentam" explicou Lady. "temos de estar atentas, há dias em que adormece na banheira e temos de o acordar" acrescentou num tom preocupado. "como é que sabemos?" questionou Alice. "é algo que sei de imediato. a energia da casa fica diferente" - "ah! sei bem o que isso é!" corroborou a princesa. Lady olhou-a inquisitiva. "a energia da casa está diferente desde que Richard partiu" explicou. "tens razão!" constatou Sparrow. nesse momento Jeremias veio do jardim e entrou em casa pela portinhola que identifica o seu microchip e o deixa passar. sentou-se no meio de ambas à espera de comida. "lindo menino, não saltou logo para a mesa" disse Lady. Alice riu "ele não gosta de sopa, não há nenhum cheirinho apetecível" e riram as duas mas Sparrow notou algo no tom da princesa, como quem se esquece que estava a rir e a voz fica suspensa. "diz" - "gostava de rever a parte do funeral dos meus pais em que pude conversar com a minha família" - Lady acedeu e surpreendeu-a: "vamos pelo elevador, para perturbarmos o menos possível o banho de Beaver."

(capítulo XVI)


texto no âmbito do desafio o Ministério do Rocambolesco

@haileyrectordesigns

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24
Jul23

o Ministério do Rocambolesco - Capítulo XIV

Ana a Abelha

o Ministério do Rocambolesco

Υπουργείο Ροκαμπολέσκο
(capítulo XIII)

foi o seu guarda-costas que deixou Alice na sede do ministério do rocambolesco pois sabia que aí a protegiriam. Sir tinha a sua localização muito bem resguardada. nas duas últimas décadas tinha vindo a comprar o quarteirão em que se integrava o edifício que herdara. a maior parte já estava quase toda restaurada, insonorizada e equipada. tudo planeado com Lady e Richard, para cada um ter uma casa em vez de um apartamento. o único espaço aberto ao público era a antiga barbearia. o cartão de contacto era deixado nos lugares mais inesperados. de um lado tinha o nome do ministério em grego. do outro lado uma elaborada equação que poucos conseguiam decifrar e nem todos chegavam a perceber que eram as coordenadas do ministério. o guarda-costas da princesa encontrara um cartão destes no ginásio militar e guardou-o por instinto. foi a princesa quem o descodificou e a única coisa que conseguiram encontrar online é que era em Londres. o único grão de areia na engrenagem era o meio irmão de Beaver que, apesar de tudo, pensava que o detective apenas alugava a antiga barbearia. tinham a mesma mãe, que morrera cedo. Sir herdara a sua fortuna e título da parte do pai. o meio irmão de Beaver pensava que era o inspector quem lhe dava dinheiro, mas era o detective que cuidava dele. para ver se ele criava uma vida digna, Sir - através de Owl - enviara-o para Cuba, com casa e uma venda de charutos e cigarrilhas, homologados, à sua espera. o meio irmão aceitara sem hesitar. podia fazer fortuna com os turistas, pensou logo, e os seus olhinhos brilharam. Lady e Richard eram tão ricos quanto Sir e os três tinham criado um fundo comum para a reconstrução e manutenção do projecto habitacional. tencionavam convidar Alice, mas cada coisa a seu tempo. entretanto Lady chegou com as coisas da princesa, curiosa sobre a maquinagem das bagagens. Richard deixara-lhe o seu apartamento. Sparrow suspeitava que Alice também era uma inventora como o seu guarda-costas to be. "foste tu quem concebeu esta bagagem!?" indagou. a princesa confirmou divertida e revelou-lhe o interior das duas malas. pareciam cofres e uma abria em prateleiras cheias de livros "a minha biblioteca ambulante" explicou. a outra era maior e abria num roupeiro, com um pequeno módulo de gavetas para os cremes e preciosidades pessoais. Lady batia palmas fascinada e disse "lavei o vestido que trazias quando nos bateste à porta.." e parou, Aliceu empalidecera: "e o sangue?" - "está tudo limpo" assegurou-lhe a amiga. "podes guardá-lo por mim?" pediu a princesa. "claro que sim!" anuiu Sparrow. voltaram à bagagem. "tens que me fazer um roupeiro destes!" pediu Lady - "com certeza que sim." prometeu a amiga. faltava revelar o interior de um módulo que vinha engatado ao roupeiro e que fechava como uma carteira. quando aberto era uma coluna de gavetas "é uma sapateira" sorriu Alice. "ma-ra-vi-lho-so!" exclamou Sparrow. "eee.." começou a princesa "o malão tem um pequeno cofre para as minhas jóias." a amiga estava fascinada e concluiu "quando voltar, Richard vai ficar boquiaberto!"

(capítulo XV)


texto no âmbito do desafio o Ministério do Rocambolesco

@annaliserauchenberger

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