© busy as a bee on a rainy day

a noite passada acordei com o teu beijo, descias o Douro e eu fui esperar-te ao Tejo.

o embalo do mar, tantas vezes azul cobalto. denso, palpável. em que as sereias vêm brincar nas ondas. houve um ano em que a minha mãe me ofereceu uma anuidade na piscina das Amoreiras e, nesse ano, levantei-me todos os dias às seis da manhã, para ter a piscina só para mim e ter tempo de chegar à Redacção dentro do horário de entrada. apanhava o 23 e íamos por Monsanto, que me encantava com a magia dos pinheiros mansos e, na Primavera, com a doçura das amendoeiras em flor. foi a anuidade mais bem aproveitada da minha vida. secava o longo cabelo no secador de mãos, por causa do frio matinal. era feliz e tinha uma vaga ideia disso. havia dias em que imaginava que era um golfinho e rodopiava na água, mergulhava, nadava a piscina debaixo de água, de um lado ao outro. e, um dia, partilhei o espaço com o Sérgio Godinho! esteve lá pouco tempo, talvez desconfortável por não estar sozinho.

texto no âmbito do desafio caixa de lápis de cor.

Neste desafio participo eu, a Concha, a A 3ª Face, a Maria Araújo, a Peixe Frito, a Imsilva, a Luísa De Sousa, a Maria, a Ana D. a Célia,
a Charneca Em Flor, a Miss Lollipop, a Ana Mestre, a Fátima Bento, a Cristina Aveiro, a bii yue, o José da Xã e o João-Afonso Machado.

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Já lhe chamaram Idade do Ouro, um tempo em que os homens viveram em harmonia, até que uma Pandora nos lançou na Idade do ferro;

Já lhe chamaram o Jardim Celeste, em que o primeiro homem e a primeira mulher viviam um tempo de perfeição em harmonia com natureza, até que veio uma serpente que lhes revelou a nudez;

Já lhe chamaram Pax Romana em que os povos reconheciam a superioridade de um modelo que lhe era imposto, até que os bárbaros destruíram o Império;

Já lhe chamaram Igreja, em que os delegados de Deus na terra olhavam pelo próximo, até que descobriram que o próximo tinha de ser expurgado dos seus pecados pelo fogo;

Já lhe chamaram Quinto Império,  a era da fraternidade, até que tudo mergulhou num nevoeiro que ainda não se dissipou;

Já lhe deram três nomes, igualdade, fraternidade e liberdade, até que cortaram cabeças para a fazer vingar;

Já lhe chamaram revolução, golpe de estado, invasão, solução final e paz armada, até que fizeram sempre outra coisa e esmagaram, destruíram, contiveram, sempre em seu nome;

Chamo-lhe miragem, utopia, graal de que só beberemos quando deixarmos de querer. 

Como filha deste século, chamo-lhe apenas tempo, consciência dos meus gestos numa casa mergulhada na luz cinzenta do dia que há de ser. 

AUTORIA: Manuela Lourenço

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obrigada a todos por terem participado

adoro branco. amo azul. aprendi a sentir-me na minha pele de verde. há uns anos numa terapia de regressão compreendi que tinha tido uma morte traumática e que a última memória que eu tinha era a roupa verde que o meu corpo usava. e aí fiz as pazes com o verde em mim. sempre adorei ter plantas e em todas as minhas casas criei pequenos jardins. o verde usado pelas outras pessoas nunca me incomodou, eu é que era incapaz de o vestir. até àquela terapia. o homem que me matou é hoje meu parente. e quem me traiu nessa outra vida, é nesta a minha amiga mais antiga desde a infância. nada disso é relevante. acredito que pertencemos a um grupo de almas que trabalham umas com as outras os planos divinos. para mim, recordar é trazer à luz e permitirmo-nos curar a energia dos relacionamentos.

texto no âmbito do desafio caixa de lápis de cor.

Neste desafio participo eu, a Concha, a A 3ª Face, a Maria Araújo, a Peixe Frito, a Imsilva, a Luísa De Sousa, a Maria, a Ana D. a Célia,
a Charneca Em Flor, a Miss Lollipop, a Ana Mestre, a Fátima Bento, a Cristina Aveiro, a bii yue, o José da Xã e o João-Afonso Machado.

nota para a posteridade: este é o 700º post deste blog.

estou muito indecisa. pareço um catavento. gostava de ouvir a vossa opinião. a minha psiquiatra não respondeu, quando lhe perguntei se a minha medicação é um risco acrescido. a minha enfermeira contou-me a experiência dela, que foi magnífica, disse que para alguns colegas tinha sido complicado mas não elaborou. no caso dela, à primeira toma seguiu-se a cabeça meio nublada, à segunda toma seguiu-se simplesmente muito sono.

li algures na internet, isto: "Paz interior é um estado em que nosso equilíbrio mental está em acordo com o entendimento universal".

Sozinha, com a família, com os amigos, em sociedade, procuro, no meu dia-a-dia,  viver em Paz comigo e com todos.

Ser empática com quem me rodeia, apoiando-os  no que precisam, respeitando os seus defeitos , como eu tenho, e evitando fazer julgamentos desnecessários e sem qualquer interesse, mas enaltecendo as suas qualidades, julgo ser o necessário para manter o meu  equilíbrio mental.

À medida que nos tornamo mais maduros, aumenta a nossa capacidade para:

conhecermos o nosso interior

sabermos o que queremos da vida

discernirmos o que nos acontece e preocupa

fortalecermos a nossa segurança e a dos outros

sermos responsáveis pelo nosso bem estar

respeitarmo-nos,  o caminho para respeitarmos os outros

gostar da solidão nos momentos de tranquilidade

apoiar quem mais precisa de nós

usar a paciência e a empatia para combater o ódio

colaborar com palavras e actos na construção de um mundo mais justo, mais equilibrado

agradecer pelo que temos...

e que neste tempo  de pandemia  tenhamos a PAZ de ESPÍRITO suficiente para dar apoio a quem está a sofrer por tudo o que perdeu.

Autoria: Maria Araújo
obrigada, adorei.

título: O Futuro. sugerido pelo cheia.