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© busy as a bee on a rainy day

e se, de repente, o respondemos a um how are you e só nós pescámos a piada (as abelhas não voam quando chove) e vêmos que é um título fantástico para um blogue! pois.. cá estou então!

31
Jul19

a ausência

Ana a Abelha

sou como o ar. existo em toda a parte. sou tido como garantido. e, no entanto, posso ser rarefeito. ou destruidor, apenas num sopro. sou suave como uma brisa. espalhafatoso como uma ventania. arrebatador como um ciclone. sou a semente de toda a bonança. e de todas as tempestades. a natureza reconhece-me como essencial à vida. mas eu sou instável e inseguro. sou como um tornado que passa e arrasa tudo. e volto quando tudo se reconstruiu. sou ausente. mas sou poderoso. sou a semente de toda a criação. e de todo o caos. sou o nada que é tudo. e tal como crio e desmorono vidas. desabo-me.

30
Jul19

muito do que chamam arrogância é apenas inconsciência

Ana a Abelha

estou a esgotar anos como quem tramou roger rabbit diluiu naquele líquido tóxico para cartoons. há uma vida nesta vida em que fui a uma consulta de astrologia. e também fui a uma entrevista com um adivinho vindo do oriente. e nunca tenho nada para perguntar. porque, sinceramente, acredito que quem domina estas artes tem mais para contar. então sento-me para escutar. e o astrólogo chamou-me arrogante. eu não entendi porquê mas também não discuti. aprendi que muito do que chamam arrogância é apenas inconsciência. de ambas as partes. era o dia do meu aniversário e a minha alegria estava inabalável. a tradutora do adivinho disse-me: testa pequena, infância difícil. é a única coisa que lembro dessa experiência porque, a minha irmã mais nova tem a testa grande e a infância dela não foi mais fácil do que a minha. 

30
Jul19

comer, orar, amar

Ana a Abelha

ecrã em branco. mente vazia. coração sedado. a coragem de uma formiga a ziguezaguear pelo monitor. distraída a mulher observa. em branco. vazia. sedada. a perfeição de uma vida a explorar um mundo novo. deliciada a mulher fabula. para a formiga este planeta é plano. a superfície é finita. em momento algum a formiga duvida do seu instinto. chega ao limite do ecrã e começa a tactear um novo caminho. o vazio torna-se uma galáxia. a vida pulsa. a mulher coloca o indicador no caminho, a formiga começa a escalar e é presenteada com um pátio cheio de plantas. ecrã planetário. mente galáctica. coração sorridente.

28
Jul19

duas abelhas e um brunch caseiro #3

Ana a Abelha

este fim-de-semana era suposto ter havido um brunch na esplanada mas acabámos por confeccionar hoje um brunch caseiro. salada de melancia, melão e sementes de girassol e crepes perfeitos. a abelha-mãe sabe-lhes o segredo. são deliciosos! e desta vez substituíu o almoço. complementou o lanche e o jantar.

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